Crioterapia no exercício físico

segunda-feira, 23 de agosto de 2021





Se esteve atento ao Instagram dos nossos atletas durante os Jogos Olímpicos de 2020, de certeza que os viu a fazer banhos de gelo. Mas porque é que os atletas de alta competição utilizam gelo e crioterapia?


Vamos por partes. A crioterapia consiste na aplicação de frio com objectivos terapêuticos, com o objectivo de arrefecer os tecidos corporais. O frio pode ser aplicado localmente (através de gelo, gel frio, spray, compressas geladas ou aparelhos próprios para o efeito) ou por todo o corpo (por exemplo, através de um banho de imersão com cubos de gelo ou gelo picado, câmara de frio).

Quais são os benefícios da crioterapia?

Depois de dar a vacina contra a COVID-19, não lhe recomendaram pôr gelo para evitar a inflamação do braço? O princípio é o mesmo. A crioterapia ajuda o corpo a recuperar depois do exercício físico, reduz a inflamação dos tecidos moles e acelera a recuperação das lesões, daí ser tão utilizada por atletas de alta competição.


Além disso, quando é utilizada imediatamente a seguir à prática desportiva, ajuda a prevenir lesões e a reduzir a sensação de fadiga, o que potencia o desempenho nas provas seguintes. E é só gelo – não é doping! O habitual é ficar exposto ao gelo durante cerca de 20 minutos, embora isso varie consoante o tecido, o tipo de exercício físico e a recomendação do personal trainer.

Quais são as contraindicações da crioterapia?

Perante tantas vantagens, talvez se esteja a interrogar sobre as contraindicações da crioterapia. A crioterapia não deve ser aplicada em feridas abertas, em pessoas com problemas cardiovasculares ou com síndrome de Raynaud (costuma ficar com as mãos roxas no Inverno? Então, a crioterapia não é para si).


Também existe o risco de ficar com uma lesão devido ao gelo. Se não está habituado a este tipo de tratamentos, comece por aplicar apenas localmente e sempre com uma barreira entre a pele e o gelo, como uma toalha ou uma ligadura.

Sem comentários:

Enviar um comentário