Todos nós já ouvimos falar em alcoolismo. Talvez até conheça uma pessoa alcóolica. Não seria estranho: cerca de 7% da população portuguesa tem dependência do álcool e 9.4% bebe em excesso. Mas como é que as pessoas se tornam alcóolicas? Quais são os sintomas do alcoolismo? E como decorre o tratamento?
O alcoolismo é a dependência do álcool. Ao consumir álcool em excesso com frequência, a pessoa torna-se mais tolerante ao álcool. Por isso, quando bebe uma quantidade normal, ou quando deixa de beber, sofre síndrome de abstinência. O síndrome de abstinência tem sintomas físicos e só passa quando a pessoa volta a consumir álcool.
É importante perceber esta diferença: a pessoa alcóolica não se limita a “beber muito”. Há muitas pessoas que bebem em excesso. A pessoa alcóolica tem a compulsão de beber, sente-se mal se não o faz, e precisa cada vez de maiores quantidades de álcool para atingir o mesmos efeitos. A ausência de álcool altera o seu comportamento.
Infelizmente, nem sempre as pessoas mais próximas dão conta. Muitos alcóolicos são “alcóolicos funcionais” – isto é, conseguem manter um emprego e uma vida relativamente “normal”. Além disso, beber álcool é socialmente aceite e, em determinadas situações, até é encorajado. Afinal de contas… não se brinda com água.
No entanto, à medida que a doença avança, a pessoa começa ter problemas de sono e distúrbios alimentares. O comportamento também pode ficar descontrolado. Talvez tenha explosões de euforia, desinibição, emotividade exagerada ou comportamentos agressivos. Quando o alcoolismo se prolonga durante anos, pode também ter problemas no fígado e no coração.
O tratamento é deixar de beber. Inicialmente, podem ser precisos medicamentos para lidar com o síndrome de abstinência. A terapia ajuda a pessoa a desenvolver hábitos mais saudáveis, que ajudam a evitar recaídas. Além disso, é muito importante contar com uma rede de apoio de amigos e familiares para ter motivação e suporte emocional durante todo o processo.
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